Delirio
Shhh!
Acaba o copo de vinho.
Vai para o quarto e vais fazer o que te digo. Sim, sou eu que mando. Não queres!?
Bem me parecia.
Quero que vás para a cama, que te dispas. Não te quero com uma única peça de roupa.
Enquanto esperas eu vou acabar o vinho, vou ficar à espera que te prepares para mim.
Bem me parecia.
Quero que vás para a cama, que te dispas. Não te quero com uma única peça de roupa.
Enquanto esperas eu vou acabar o vinho, vou ficar à espera que te prepares para mim.
Não! Hoje é assim, é como eu quero!...
Vai, enquanto me esperas quero que brinques, que te toques, que te descubras.
Vai, enquanto me esperas quero que brinques, que te toques, que te descubras.
Quero ouvir os teus gemidos no quarto, quero que o faças bem alto, que compasse com os meus goles no vinho.
Vai.
Fico sozinho na sala.
Vai.
Fico sozinho na sala.
Sou réu neste julgamento de inocentes.
O silêncio é ensurdecedor.
O silêncio é ensurdecedor.
O encher do copo é embalado pela respiração que vem do quarto. Concentro-me para te ouvir.
Hmmm. Começou o jogo.
Começo por ouvir uma respiração doce, compassada. Ainda te estás a descobrir. Em mim já o vinho me embebeda os sentidos, já o sangue me enche as veias, já o coração bate mais forte.
O som da tua voz começa a rasgar o silêncio, palavras ocas, sem sentido mas tremendas em força.
A ofegância da respiração faz-se ouvir, uma melodia demoníaca compassada pelos goles que dou no álcool.
Sinto em mim a força de te querer, a vontade de provar a agua que nasce em ti.
Vens na minha direcção, colocas os dedos no copo de vinho, das-me à boca.
Sentas-te no meu colo. Beijas-me sem controlo. Perdida de ti, encontras-te em mim.
Deus, que se dane isto, não aguento.
Deito-te na mesa, entorno a garrafa de vinho por cima de ti.
Bebo-te, como-te. Sangue do meu sangue, carne da minha carne!
Sentes o mesmo que eu?
Sim, estamos bêbados um do outro.
Hmmm. Começou o jogo.
Começo por ouvir uma respiração doce, compassada. Ainda te estás a descobrir. Em mim já o vinho me embebeda os sentidos, já o sangue me enche as veias, já o coração bate mais forte.
O som da tua voz começa a rasgar o silêncio, palavras ocas, sem sentido mas tremendas em força.
A ofegância da respiração faz-se ouvir, uma melodia demoníaca compassada pelos goles que dou no álcool.
Sinto em mim a força de te querer, a vontade de provar a agua que nasce em ti.
Vens na minha direcção, colocas os dedos no copo de vinho, das-me à boca.
Sentas-te no meu colo. Beijas-me sem controlo. Perdida de ti, encontras-te em mim.
Deus, que se dane isto, não aguento.
Deito-te na mesa, entorno a garrafa de vinho por cima de ti.
Bebo-te, como-te. Sangue do meu sangue, carne da minha carne!
Sentes o mesmo que eu?
Sim, estamos bêbados um do outro.
Comentários